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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Entrevista a António Reis

Em mais uma iniciativa do nosso blogue, aproveitamos para entrevistar o atleta António Reis, jogador do nosso plantel. Isto pelo facto de se ter lesionado gravemente num jogo-treino frente ao Coimbrões. Contudo, esta entrevista aborda também o seu ainda curto percurso enquanto jogador veterano e o seu ponto de vista em relação ao seu futuro.


Nesta curta entrevista, vamos começar por um momento que foi, certamente, doloroso para ti: a tua lesão. Diz-nos quais os pensamentos que tiveste tanto no momento em que sofreste a lesão como quando confirmaste a gravidade da mesma (fractura da rótula). Quais foram as primeiras imagens mentais que o teu cérebro processou?
António Reis: Lembro-me de ter dito “é falta”, porque senti na perna a dor da pancada que tinha acabado de levar. Pensei que tinha sido um traumatismo ligeiro até porque ao fim de dois minutos já não sentia dor. Foi coisa pouca. Ainda consegui marcar o canto do nosso primeiro golo da época (marcado pelo Luís Pedrosa) e depois disso foi arrastar em campo até não poder mais. Fui trabalhar com muitas dores e sem conseguir dobrar a perna esquerda e só ao fim de seis ou sete horas é que fiquei a saber que tinha a rótula partida. Simplesmente não queria acreditar. Pensei no emprego, na dificuldade que ia causar à namorada e nos jogos que ia perder. Foi complicado.
Como tens ocupado o tempo nestes dias difíceis para ti, sabendo que algumas rotinas foram quebradas? 
António Reis: Aproveito para ler (livros e jornais) e tento ficar deitado em repouso. Quando posso arrasto duas cadeiras e apanho um pouco de ar e de sol. Às vezes, um amigo passa para me visitar ou para me levar a tomar café. Psicologicamente é difícil falar de futebol. Até evito jogar o Pro Evolution Soccer (risos). É mentira, claro. Quanto às rotinas...queria poder caminhar, poder conduzir, correr, sair em reportagem. Sinto saudades de não ter tempo para nada. Em compensação, já não olho para o calendário.

Para quando o regresso ao “cheiro” do relvado sintético e da competição?
António Reis: Se tudo correr bem, devo retirar a tala no dia 3 de Novembro. A seguir, preciso de um período de fisioterapia e só regresso quando tiver ordem para correr. Este ano, no Natal, vou pedir uns minutinhos com a camisola do Serzedo.

Fazendo uma retrospectiva à tua carreira enquanto jogador veterano, pode-se dizer que ainda és “tenrinho”, pois ainda vais na tua segunda época. Como analisas o momento em que te foi proposto o ingresso nos veteranos do C.F.Serzedo? Ainda te recordas desse momento?
António Reis: Sim. Já andava com essa ideia há uns anitos. Com a proximidade dos 35 anos, fui conversando com o magnífico e polivalente Carlos Couto. Eu fui o cego e ele a bengala.  Foi uma felicidade enorme quando soube que estava autorizado a comparecer no primeiro treino. Lembro-me de ter chegado atrasado e de ter marcado logo um golo de cabeça numa baliza sem guarda-redes.

Já que estiveste ausente alguns anos, enquanto jogador de futebol, como analisas as actuais estruturas do Queen´s Park (campo da Rainha - Serzedo)?
António Reis: É complicado descrever...deixa ver se te consigo explicar. No Queen´s Park sinto-me como se estivesse em casa. É perfeito, mas como todas as casas, precisa de uma ou outra intervenção ao nível da bricolage.

Em termos de futuro, onde te vês como jogador veterano e como vês os veteranos do C.F.Serzedo?
António Reis: Vejo um balneário onde é bem passada a mensagem do que é ser veterano e do que é ser veterano do Serzedo. Isso garante o passado, o presente e vai, certamente, garantir o futuro. Da bancada ao relvado, do gabinete técnico à baliza, o empenho de todos é fundamental. Sinto-me bem aqui. Posso rir, trabalhar, correr, respeitar e ser respeitado. Quanto ao futuro? Vejo-me a crescer devagarinho, sem pressa, com gente boa a quem passar a bola.

Sabemos que foste o fundador deste blogue. Esperavas que ele ainda existisse neste momento? O que pensas que poderá mais ser feito para alargar os horizontes do blogue?
António Reis: Claro que acreditava. É muito gratificante assistir ao crescimento e à evolução na nossa página. Conversar sobre os temas e evoluir é o caminho. A porta está sempre aberta. Esta é uma democracia como deve ser.


Obrigado pela entrevista e votos de uma recuperação rápida e eficaz!


4 comentários:

Anónimo disse...

Adorei a entrevista, força amigo um abraço, e sempre que precisares de um "motorista" não hesites em pedir:) Abraço.




Antonio Chaves

Unknown disse...

Grande amigo, fico feliz por te ver com muita auto estima e também te quero deixar um abraço de esperança na tua total recuperaçao pois fazes falta no nosso balneario, mas primeiro tu e lembra-te que o futebol nao é tudo!!!

José Mendonça

quimzé disse...

É com muita tristeza que sentimos a tua fata no balneario e te vemos lesionado mas com esse espirito e confiança logo logo estás de volta e é isso que te desejo porque amigo e colega como tu fazem falta a nossa familia que é o serzedo veteranos,grande abraço e rapidas melhoras

António Reis disse...

obrigado amigos! vamos a eles, três pontos de cada vez