O seguinte texto veio no jornal A Bola de 6 de Julho (página 39), na coluna pertencente a Luís Freitas Lobo:
"Se ele não pensa, pensa tu"
"Tenho em casa um recente livro, soberbo, de futebol.
Chama-se Hola Mister! O autor, um mestre, Alejandro Scopelli. O livro é de...1969 (primeira edição de 57).
É um tratado de futebol. Para ler e, sobretudo, «pensar futebol» de muitas formas, de diferentes prismas.
Destaco uma frase: "Se estás convencido que um jogador teu não pensa, pensa tu por ele. É esta a tua obrigação!"
Falo com muitos treinadores e muitos queixam-se das limitações dos seus jogadores a ler o jogo. E, com isso, fazem uma avaliação quase definitiva sobre o seu valor e margem de evolução.
É natural a primeira constatação. É perturbante a segunda.
No fundo, estão a fugir à obrigação de Scopelli.
«Ser treinador» é, antes do mais, administrar as características dos jogadores.
Há os que entendem e sabem como as usar. Há os que não têm essa percepção fundamental. Porque, em definição, o melhor jogador é o que melhor esconde os seus defeitos e só mostra as virtudes.
Este talento resulta do pensamento.
Passa muito pelo treinador dar-lhe essa capacidade.
Hola Mister!"
LOBO, Luís Freitas, "Se ele não pensa, pensa tu", in Jornal A Bola, 2011, p.39.
Sem comentários:
Enviar um comentário